Por Aline de Castro Neves Vieira 31/05/2004 às 01:38
Texto que aborda uma forma específica de se conhecer "la Isla" de Cuba e a vida dquele povo que resiste há 45 anos a todo e qualquer ataque à sua soberania. As Brigadas de Trabalho Voluntário em Cuba, que reunem anualmente delegações de vários países, são uma verdadeira experiência revolucionária.
BRIGADAS DE TRABALHO VOLUNTÁRIO EM CUBA - UM ENCONTRO DE SOLIDARIEDADE
Pode-se conhecer a mais bela ilha do Caribe como turista, hospedando-se em um belo hotel, desfrutando das belezas azuis do Mar do Caribe enquanto se saboreia o delicioso run cubano e se aprende a dançar a salsa e o merengue.
É um "programão", nem duvide. Mas se o que se procura é viver a experiência de compartilhar com o aquele povo durante quinze dias, as dores e as delícias de ser cubano, é através de uma Brigada de Trabalho Voluntário que esse fim é alcançado.
As Brigadas são uma iniciativa do governo revolucionário cubano para aproximar pessoas (de todos os países do mundo) da ilha e de seu povo. São 15 dias de convivência, de participação em palestras conduzidas por vários representantes de setores da organização política e social de Cuba (Federação de Mulheres Cubanas, Federação de Estudantes Universitários, Comitês de Defesa da Revolução, Federação de Trabalhadores, Comitês de Defesa dos Direitos Humanos). Também são organizadas visitas a ELAM (Escola Latinoamericana de Medicina) e à ELAD (Escola Latinoamericana de Desportes) onde mais de 500 jovens brasileiros estudam com colegas de vários países de língua latina e, juntos, têm a oportunidade , não só de receber uma formação profissional de qualidade indiscutível, como de ser preparados para exercer a função de agentes multiplicadores desses conhecimentos. Sempre orientados para a implantação e o desenvolvimento de projetos de amplo alcance social e de sustentabilidade ambiental e econômica.
As Brigadas de Trabalho Voluntário também promovem visitas a escolas de crianças , de arte, vários museus (de La Revolución, de la Batalla de Idéas, de Playa Girón, etc), hospitais, cidades, praias (paradisíacas, tanto do Mar do Caribe como do Atlantico Norte). Também se conhece La Habana, a capital de Cuba e cidade onde está o famoso "Malecon" , o "calçadão de Copacabana" do povo cubano. Inesquecível... São várias as atividades culturais e turísticas vividas em Cuba como brigadista, durante os 15 dias de permanência en "La Isla". Mas, certamente, descrevê-las uma a uma, não retrataria o impacto que é viver essa experiência absolutamente revolucionária de pertencer a delegação do Brasil em solo cubano em uma Brigada de Trabalho Voluntário... Ser um brigadista, é se fazer presente em solidariedade, em fraternidade, em comunhão com as dificuldades e o esforço para superá-las durante as manhãs de trabalho nos "labores agrícolas". É fazer amigos queridos entre os companheiros das delegações dos outros tantos países que lá estão a compartilhar essa vivência. É estar presente e se fazer presente para tudo que se faça necessário. É querer fazer muito mais do que se é solicitado; somente pela felicidade de saber ter contribuído para o produto final dessa empreitada que, em Cuba, é sempre a ampliação do bem estar a um maior número de pessoas. É viver essa experiência humana e social da maior importância, através da doação pura e simples da própria força de trabalho. Um trabalho que não é orientado para o benefício individual, como produto final e valor maior - muitas vezes, único. Não é um trabalho feito para acumular dinheiro e poder de compra daquilo que deveria ser do acesso e de direito de todos. O trabalho, na Cuba Socialista, é antes, uma ferramenta na construção de melhores condições de vida para a maior quantidade possível de pessoas de todos os povos e países do planeta. Não é um trabalho para produzir privilégios a poucos, a partir de um desenvolvimento tecnológico do qual só os donos de dinheiro podem se beneficiar. Mas um trabalho que produz mais justiça social, visando sempre a inclusão de um contingente maior de pessoas às condições mínimas de segurança, saúde, educação, lazer, felicidade.
Mas, nem só de trabalho vive um brigadista, claro! Temos as festas! E que festas danadas de boas! As festas no Campamento Internacional Julio Antonio Mella (CIJAM), onde as delegações de todos os países participantes da Brigada ficam alojadas. À noite, com muita música de cada país e , sempre, a deliciosa salsa cubana... E há também as festas que são programadas pela direção do ICAP (Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos), anfitrião das delegações. A festa de despedida, na última noite em Cuba, promovida por todas as delegações, regada a muita emoção e choradeira, quando cada país prepara pratos típicos, apresentação de danças, músicas, corais, coreografias folclóricas . É quando todos os brigadistas, agora "companheiros" para sempre, trocam bandeiras nacionais, objetos pessoais, endereços, retratos, emails e promessas de um dia voltar a se encontrar...
Trabalho, palestras, visitações guiadas, passeios, festas, dias livres para conviver com o povo cubano e os companheiros dos países participantes, intercâmbio de informações e experiências de vida, são um pouco do que se vive em uma Brigada de Trabalho Voluntário em Cuba. Um pouco que já é suficiente para deflagrar uma profunda identificação com os ideais revolucionários de se construir um mundo humanamente possível. Um mundo de todos os povos do mundo. Um mundo certamente bem melhor.
Aline de Castro Neves
(XI BRIGADA/ Janeiro, 2004)
Centro Cultural Latino Americano Ernesto Che Guevara
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Tel.: 55 (21) 3852 7560
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A Brigada Voluntária Brasileira, foi criada em 18/04/2000 por josé Luiz Miranda Bastos, é civil, voluntária com fundamentação na Lei Federal nº 9.608/98, não tem fins lucrativos, sem vínculação política ou religiosa. Atua nas áreas Social, Cidadania, Direitos Humanos,Cultural Musical, Liberdades Individuais,Segurança Pública, Meio ambiente e Ecologia,Crianças e Adolescentes,Terceira Idade e Portadores de Necessidades Especiais,Civismo e Soberania Nacional. Atende as Comunidades menos beneficiadas pela sorte nas áreas periféricas do Município de Nova Iguaçu/RJ e adjacencias.Seu CNPJ nº 03.877.328/001-89 e é reconhecida de Utilidade pública Municipal através da Lei Municipal nº3.667, de 18/07/2005.Não recebe nenhuma subvenção ou ajuda oficial do Município , Estado ou União. Manteve 1500 menores com idades entre 6 á 17 anos incompletos oriundos de Famílias de baixa renda e durante 8 meses distribuiu á Familias carentes cerca de 1800 sacolas de complementos nutricionais por semana. Atualmente atravessa momentos dificeis em razão da falta de recursos financeiros para a manutenção dos projetos implantados e se encontra sem energia elétrica em sua Sede localizada á Av. Henriqwue Duque Estrada Mayer- 2982, Bairro Parque Flora, Nova Iguaçu, RJ, CEP-26.041-050.
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