quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ganhador da Mega da Virada terá um salário de R$ 1,2 milhão por mês

Ano-novo, vida nova. Tempo de desejar melhorias e fazer planos para o próximo período. Se a data por si só já provoca tanta expectativa, imagine ter 190 milhões de motivos a mais para sonhar? Na sexta-feira, último dia de 2010, a Caixa Econômica Federal vai sortear o maior prêmio da história da loteria.

Se apenas uma pessoa estiver com o bilhete premiado da Mega-Sena da Virada, terá em 2011 um rendimento mensal de R$ 1,2 milhão, sem precisar fazer nada para isso. Basta depositar a dinheirama na poupança. A possibilidade de se tornar milionário com o jogo é de uma em mais de 50 milhões. Ela aumenta de acordo com a quantidade de dezenas marcadas — o mínimo são seis. Quem, por exemplo, escolher 15 números terá 5 mil chances a mais de ser o sortudo da vez. Em compensação, terá que desembolsar milhares de reais em vez de R$ 2, valor de uma aposta simples.

Ainda assim, cerca de 90% dos jogos registrados são apostas de seis dezenas. O servidor público Eli Alves Rodrigues, 52 anos, está dentro da estatística. Ele tem o hábito de fazer só jogos simples e marcar um número maior de volantes. Mas, para não “avacalhar” com a sorte, Eli traçou uma estratégia original. “Guardei os palpites de 2009 em uma gaveta do trabalho para apostar novamente em 2010”, afirma, exibindo o bilhete antigo. “Jogo de ano em ano. Eu quero acumular a sorte e ganhar muito de uma vez só”, explica a teoria. Caso se torne milionário em 2011, o morador do Gama já sabe o que fazer com tantas cifras. “Vou comprar um avião e conhecer todo o planeta.”

Arrecadação
Até a última segunda-feira, a Caixa Econômica Federal tinha arrecadado R$ 191 milhões em jogos, o que representa 95,5 milhões de apostas. E o número tem aumentado consideravelmente a cada dia. O alto valor do prêmio, estimado em R$ 190 milhões, tem levado muitos sonhadores às casas lotéricas. Ontem, pela primeira vez na vida, a psicóloga Eliane Alves Borçari, 44 anos, decidiu fazer uma “fezinha”. “Nunca tinha jogado. Mas me deu uma vontade de tentar começar diferente o ano, com uma nova história e muitos milhões no bolso”, conta. Quando indagada sobre o que faria com tanto dinheiro, não soube dizer. “Acredita que eu ainda não parei para pensar nisso?”

Segundo a professora de matemática da Universidade de Brasília (UnB) Chang Chung Dorea, a probabilidade de ganhar o prêmio da virada é igual à dos jogos regulares da Mega-Sena: 1 em 50 milhões. “A única diferença é que a chance de haver um ganhador é maior porque há mais apostadores”, comenta. Além disso, a bolada não acumula. Se ninguém acertar as seis dezenas sorteadas, ganha quem acertar cinco, e assim sucessivamente.

O sorteio da Mega-Sena da Virada será realizado a partir das 20h de 31 de dezembro, sexta-feira. O concurso será transmitido ao vivo pela televisão. As apostas estão abertas até as 14h do último dia do ano.


“Fortuna leva fortuna”

Ciente da boa oportunidade de fazer jus ao sobrenome, o aposentado Delamar Fortuna, 62 anos, não perdeu tempo e fez 12 apostas na manhã de ontem. Morador de São José dos Campos (SP), Fortuna veio para Brasília passar as festas de fim de ano com a família e pretende voltar para casa com o bolso recheado. “No primeiro dia de 2011, o jornal vai publicar: ‘Fortuna leva fortuna’”, diz, confiante.

O aposentado escolheu um bom lugar para tentar a sorte. Historicamente, os moradores do Distrito Federal ganham e, consequentemente, gastam mais na Mega-Sena em relação ao restante do país, segundo informações da Caixa e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só em 2008, foram 42 milhões de apostas na capital — um gasto aproximado de R$ 30,50 por pessoa. Desde 1998, os 17 prêmios destinados a Brasília somaram R$ 178.951.423,04. Em 2009, um morador do DF foi contempaldo com o prêmio da Mega-Sena da Virada. O brasiliense sortudo dividiu o montante de R$ 144, 9 milhões com um paulista de Santa Rita de Passa Quatro.

Há anos, Delamar Fortuna usa a mesma tática para escolher os números da sorte. “Os meus palpites são as datas de aniversário dos meus familiares”, abre o jogo. Ele tem quatro irmãos, e os números que sobram saem das sugestões da mãe. Até hoje a estratégia não deu certo, mas o apostador não perde as esperanças. “Quem sabe não volto para São Paulo milionário?”, espera.

Por Mariana Sacramento, do Correio Braziliense

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